top of page

05/05

Edição de 2019 do MID ultrapassa 10 mil espectadores

e consagra o festival como um dos maiores do país

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Houve corre-corre, teatros lotados e filas de espera para conferir as 55 apresentações de 11 países numa edição que exaltou a diversidade

Ana Viana, Alethea Muniz, Gláucia Chaves, Renata Meliga, Sérgio Maggio

Fotos: Nityama Macrini

Com João Vitor Tavares (estagiário)

O MID chegou ao fim nesta noite (05.05). Foram 18 dias corridos e, a dança virou assunto nos corpos de 10.754 espectadores envolvidos nas diversas atividades do festival, como as 55 apresentações, encontros Informais, residência artística, ação educativa, bate-papos, aulas de dança, batalha de breaking, Palco Aberto, mesas de debate, rodadas de negócios e oficinas.

 

 

Esse público correu para ver os espetáculos e consolidou o Movimento Internacional de Dança como o maior festival do Centro-Oeste e um dos cinco maiores do país a trazer 36 coreografias de 11 países. Alguns rostos ficaram bem conhecidos. Muitos deles já se habituaram às conversas no salão do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, ou do Centro Cultural Banco do Brasil. A bailarina Micheline Santiago, 45 anos, participa frequentemente do festival. Viu cinco coreografias e está gostando dos resultados.

 

“Achei Jardín de Invierno (Cia. Cielo Raso) muito bonito, além de sensível. Gostei da concepção e da dramaturgia no trabalho do Edivaldo Ernesto (Tears). O evento é fundamental, pois amplia o repertório das pessoas", afirma. Micheline ainda conferiu Singspiele e Estou sem Silêncio.

Entrosada com os amigos, estava a coreógrafa e diretora Luciana Lara, 49 anos, frequentadora antiga do MID e coreógrafa da AntiStatusQuo (ASQ), que teve o mais recente trabalho Microutopias Urbanas apresentado ao grupo de curadores nacionais e internacionais da Rodada de Negócios. "Acompanho o festival desde que ele começou. Na atual edição, já assisti a seis espetáculos e estou surpresa com a performance latino-americana nos palcos", conta.

 

Luciana acredita que o festival proporciona visibilidade das produções artísticas locais e internacionais. "É uma expansão da subjetividade, onde você reavalia o próprio trabalho e evolui enquanto artista. Além do mais, é um momento de encontro, riquíssimo, entre as pessoas". Dança vira assunto, entende?".

A dança de David Mombach

Sentada na primeira fila para ver Singspiele, que fechou o Movimento Internacional de Dança, Luciana Lara não despregava os olhos do palco. Parecia viajar no desfile de personagens encarnados pelo ator David Mombach: " Fiquei encantada com a microcoreografia de gestos e posturas que acontecia quando ele mudava de rosto".

 

Em cena, por meio de movimentos corporais sutis e precisos,  o ator francês deslizava em passos lentos uma sequência coreográfica diferente. Dança ou teatro? O público parecia intrigado. Mas a sala do CCBB lotada e atenta nos dois dias de apresentação era prova de que classificar o espetáculo não era o mais importante: " Muita gente pode pensar que é mais teatro do que dança, mas eu discordo", diz Luciana. E completa, entusiasmada: "Tem um primor no movimento, na abordagem, na dinâmica, na delicadeza e na grande transformação de cada corpo".

 

David não conversou com Luciana, mas a reação do público ao final do espetáculo parecia ecoar as palavras da coreógrafa. Tímido por natureza, em terras brasileiras o ator francês foi se soltando devagar. Teve tempo para isso. Em uma semana, tomou caipirinha, cerveja gelada, comeu frango a passarinho de boteco, provou da feijoada e dançou até de madrugada no Conic: " Vivi uma linda experiência em Brasília. Pretendo voltar com certeza." E finaliza citando o poeta francês Paul Éluard: "Acasos não existem, o que existem são encontros".

 

Foi, sem dúvida, um belo encontro esse que David viveu no coração do Brasil.

Veja as fotos do MID 2019 no trabalho de Nityama Macrini e Desidério Moraes (estagiáiro)

na plataforma Flickr 

https://www.flickr.com/photos/movimentoid

Quasar
oficina forro
oficina frevo
oficina forro
oficina vogue
bottom of page