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Irene K despede-se de Brasília encantada com o público
Nityama Macrini
Companhia belga emocionou público brasiliense e sentiu uma recepção calorosa e incomum
Sérgio Maggio e Ana Viana
Depois de apresentar duas coreografias no MID, Murmures (na Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo) e Empreintes (no vão central do CCBB), a diretora Irene Kalbusch, da Cia. Irene K, ficou emocionada com a receptividade calorosa do público de Brasília. Ao todo, 500 espectadores apreciaram a dança visceral do grupo que provocou reflexões com a forte presença do duo inter-racial de Murmures. "Como mulher negra, fiquei atravessada com a dança proposta pelo grupo", observou a produtora e bailarina Ivana Mota.
À frente da companhia há mais de 30 anos, a diretora conta que adora correr riscos e sentiu fortemente essa possibilidade nas apresentações em Brasília. “Foi muito emocionante perceber a emoção do público, bastante seletivo, por sinal”, observou.
Um dos momentos mais marcantes, aconteceu ao final da apresentação de Murmures, na abertura do MID. Ali, uma espectadora fez questão de abraçá-la emocionada, após a coreografia. "Isso não acontece no meu país", revelou Irene, confessando: "Esse reconhecimento vou levar comigo no coração".
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