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Vin\co estreia no MID com teatro lotado

Nityama Macrini

 

 

 

Espetáculo inspirado na arte do origami terá temporada em maio no Teatro Galpão

Alethea Muniz e Renata Meliga

Ingressos esgotados e fila de espera para tentar um lugar entre as 100 cadeiras disponíveis no Teatro Galpão, no Espaço Cultural Renato Russo, na noite de sexta-feira (26/04). Era a estreia nacional do espetáculo brasiliense Vin\co, uma realização da companhia dançapequena com o Instrumento de Ver, pela programação do Movimento Internacional de Dança (MID).

O festival reúne mais 50 apresentações, até 5 de maio, em seis palcos do Distrito Federal. São 36 coreografias do Brasil e outros dez países. “Estrear no MID é uma responsabilidade muito grande porque sabemos do cuidado da curadoria”, afirmou o diretor e coreógrafo Édi Oliveira.

Vin\co está inspirado na arte do origami – técnica japonesa secular de dobraduras em papel. “É um trabalho sobre precisão e leveza, então trabalhamos muito tempo na pesquisa desses detalhes”, comentou o diretor. Ele entra em cena ao lado dos intérpretes-criadores Daniel Lacourt e Julia Henning, que são artistas circenses e encaram o desafio de transitar em uma zona inusitada, com movimentos determinados e acasos do improviso. O trabalho foi desenvolvido em nove meses e terá temporada no Teatro Galpão, de 16 a 19 de maio.

FORMAÇÃO DE PÚBLICO

Atenta à coreografia, que teve duração de 70 minutos, a artista Luciana Meireles levou o filho de oito anos para ver a apresentação. Ao final, comentou que gostou do que viu, mas sentiu certa dificuldade na comunicação com a plateia. “As performances são interessantes, mas achei um pouco cansativo. Entendo que é comum na linguagem da dança explorar esses vazios”, disse, lembrando que “não é especialista” em dança. Luciana trabalha como palhaça e já fez parte de grupos de cultura popular como o Casa Moringa. Ela disse que, em alguns momentos, ficou com a sensação de “arte conceitual”, o que observa em muitas apresentações. Nem por isso deixa de acompanhar a dança contemporânea, garantiu Luciana.

Leitura que quem ficou sem ingresso não teve a oportunidade de compartilhar ou se opor. “Embora tenhamos ficado chateados de não termos conseguido entrar, ficamos satisfeitos em ver que o espetáculo lotou. Mostra que as pessoas têm interesse, sim, em consumir arte na nossa cidade. O fato de não termos conseguido entrar só nos estimula a tentar ir em outras apresentações do festival”, disse o bombeiro militar Diego Machado, 39 anos.

Essa também é a intenção da servidora pública Andrea Siqueira, 33 anos. “Eu e meu marido viemos a convite de uma amiga, estávamos curiosos para ver o espetáculo, mas infelizmente deixamos para comprar o ingresso na bilheteria, em cima da hora, e já havia esgotado”, contou. “Ficamos chateados por não assistir, por outro lado, felizes pelo evento ter lotado. Vamos tentar assistir a outro espetáculo do MID no final de semana”, comentou.

Leia crítica de Vin\co

Vinco
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